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sumindo da mesmice

Tento escrever, mas tudo parece tão cliché. Estou tão cansada desta mesmice, tão cansada de coração partido.
Salva-me. Leva-me daqui. Abraça apertado. Vamos para longe.
Vamos voar, apanhar borboletas e aprender a conduzir emoção, vamos deixar que o vento decida. Vamos fechar os olhos e sentir as pálpebras relaxar o olhar; sentir o pé a fugir e acontecer uma inversão, êxtase. Vamos pelas leves asas, quase destruídas por lágrimas, devido à dor da ausência, sensibilidade. Por breves instantes, a dor escapa dos olhos.
Os olhos fecham-se, mas continuam a saber das borboletas. Sentem-nas. Os olhos fecham-se, mas conhecem a insensatez fria do coração quando começa a bombear rápido e rápido e rápido – como um trovão.
Vamos aprender a ter borboletas nas mãos, porque só assim é que vamos saber cuidar de um amor, voar junto do mesmo, para qualquer nuvem e céu, ou até mesmo para qualquer mundo.

2 comentários:

  1. Parabéns Diana! Além de escreveres bem, revelas uma maturidade assinalável para a tua idade! Continua assim!

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