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um casulo

Parece que estou aqui de novo. Sim, a escrever mais uma sensação de nostalgia. Não, não é de ti que sinto falta, é de mim.
Desta vez eu quero-me de volta, já chega, não achas? Sempre tive milhões de motivos para desistir de ti, mas tu provavas sempre o contrário. Sei que nada é fácil, particularmente a complexidade dos assuntos com o coração, mas desta vez quem complicou foste tu. Passei noites e noites a chorar por sentir a tua falta e tu nem fazes ideia disso.
Eu nem acredito que me conquistaste desse jeito. Era tudo tão intenso e em simultâneo complicado. Mas eram sempre as mesmas perguntas e respostas. Tu sabes que nunca quis assim alguém como te quero a ti, mas não é recíproco.
Guardo a sete chaves o bom que foi beijar os teus lábios, o bom que foi sentir-me única na tua vida. Na verdade, eu guardo cada detalhe, cada palavra, cada segundo que passamos. Todos aqueles momentos bons e ao mesmo tempo arriscados. Tudo valeu a pena. Eu sei que, no fundo desse coração frio, existiu amor. Era como se estivéssemos à espera um do outro. Sim, foram os melhores abraços da minha vida. Cheguei a desejar que nunca acabassem. O desejo não adiantou, infelizmente.
Não sei o que aconteceu, o que fiz de errado. Deixei outro alguém entrar na tua vida? Uma pessoa melhor que eu? Já chega, não achas? Disseste que não me querias ver sofrer. Mas eu sofri. Ainda sofro. Porque eu queria-te comigo e não queria mais ninguém.
Não, eu não escrevo para obter uma resposta… Nem sei porque escrevo. Talvez para tirar de cima de mim esta incapacidade de amar. Talvez para tornar isto algo menos solitário. Mas agora acabou. Sobram as lembranças, noites mal dormidas e maquilhagem borratada. Fico triste de me ver assim tão distante. De qualquer das maneiras, tu sabes onde me encontrar quando quiseres, e se quiseres.

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