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muito amor


Caro amor, tu que andas tão desaparecido, foste de férias? Será que cansaste de ser causador dos (meus) choros nocturnos? Deixas-me assim sem sentido, sem sentimento.
Já não gostas mais de mim? A verdade é que deixei de ser frágil… Tenho tentado.
Já não quero a boa educação e ser menina de regras. Não quero vestir bem. Quero usar roupa de treino, sentar-me como os rapazes, acordar e não me preocupar se tenho ou não o cabelo penteado. 
Não me vais amar porque sou bem educada, porque visto bem, porque sou fã do cantor do momento. Isto são só referenciais. Portanto ama-me pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que posso transmitir ou contrariamente pelo tormento que posso dar.
Podes voltar. Confesso que até tenho saudades da inspiração. Tu eras a minha inspiração. Aquela coisa de coração partido, coração apaixonado, coração pronto para amar de novo. Tu provocas isso e eu entendi agora que sabe bem.
Volta tu, amor. Para amar. Para amar de novo. Para amar mais. Para amar ainda mais. E será recíproco. Sim, amar-te-ei. Amar-te-ei pelo tom de voz, pela forma que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Amor, amor, amor, pensava que sem ti era melhor. Mas só estava a pensar, sabes?



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