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Presa ao amor

Amo-te tanto que deixei de me conhecer.
Sabes bem como sou (ou pelo menos era), livre ao ponto de dizer que o amor nunca me iria prender aos desejos, amarrar aos sonhos ou asfixiar com tanto perfume. Agora não sei bem o que sou mas sei que sou tua.
Queria poder esquecer-te. Tirar-te dos meus pensamentos, do meu coração, da minha vida. Saber que raio de demónio és tu que me atormenta com memórias e como consegues ser o meu favorito.
Estava pronta para receber a felicidade, e tu não apareceste. Estava pronta para te dizer o quanto imperfeito eras e como te amava assim, e tu não apareceste. Estava pronta para te amar de novo, e tu não apareceste. E acabou.
Diz-me onde estás porque sem a tua mão na minha eu não existo mais, por favor.
Agora parece que não tenho escolha, estou presa à tua pele. Nunca dois corpos se entenderam tão bem, e se o universo tem fim encontra-se no fundo dos teus lábios.
A primeira vez que te vi prometi a mim mesma que nunca te iria amar, é por isso que te amo. Achas que a lua chorou quando desististe de mim? Agora que já não existem os nosso abraços, sabes dizer-me que barulho é que a chuva faz quando cai? Porque é que ainda há tanto de mim em ti?
Afinal sempre tinhas razão quando dizias que o amor é sinónimo de prisão, mas só concordo porque ainda continuo presa a ti.




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