Fui para casa, preparada para deprimir, nos auscultadores já tocava a música indicada, presença de chuva torrencial e vento forte. Fui para o banho e, a primeira gotícula de água saída do meu chuveiro encontrou, logo de seguida, uma das lágrimas que tanto insistiam em cair. Estava tão fria que o meu sangue gelou.
É que eu não quero que me largues. Eu não te quero largar. Não quero ter motivos para ir embora, para te deixar a falar sozinho. Não, eu não tenho medo que isso aconteça (eu digo sempre que não tenho), eu fiz isto com todos os outros. É que desta vez, gostava que fosse diferente. Desta vez, contigo, gostava que desse certo. Gostava de não te ver com outra. Gostava de não te largar no altar. Gostava de não ter raiva. Gostava que gostasses e cuidasses de mim como ainda ontem cuidaste. Eu quero que dê certo, não estragues.
Mesmo que não fiquemos juntos para sempre. Mesmo que acabe na próxima semana. Nunca destruas o meu amor por ti. Nunca esfries o calorzinho que parece dentro de mim quando me ligas ou sorris.
"Deixa-me um dia, se quiseres. Mas deixa-me amar-te."
É só o que te peço.
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