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insónia

Reavemo-nos… Parece que o livro da nossa história se retomou, como se tivesse acabado em reticências, sem convicções de que um e outro queriam o mesmo.
O passado assombra o nosso amor, nem sei se o amor é antigo ou se fomos nós que caímos na velhice… Nem sei o que sinto, vê só. Nem sei se te amo, se te detesto, se te abraço, se te bofeteio, se te desprezo, sei que tudo terminou com uma carta pela metade. Eu estava do teu lado, lembraste? E continuei a estar até te expulsar dos meus pensamentos, até acabarem as minhas insónias. Às vezes, parece que dói não falar contigo. Magoa-me mesmo, mas eu vou ficar na minha. Parece mesmo que uma palavrita tua, fosse ela boa, fosse ela má, caía sempre bem no meu mundo.
Sabes porque te escrevo tanta coisa? É que apesar de seres otário, eu acredito que o amanha possa ser melhor que hoje. Eu acredito que tu não és assim tão orgulhoso ao ponto de deixares aquilo que amas ir embora. Acredita em mim, isto dói. Eu só queria ter-te aqui.
Éramos cão e gato, louco e louca, até pensamos que isso era a razão de tanta paixão mas a loucura acabou por nos destruir. A culpa não foi minha, portanto foi a tua loucura que nos desuniu… Eu acreditava que voltarias atrás de mim… para me reconquistar. Sempre fui um “tanto faz” na tua vida. E agora que nos reavemos, a minha boca não diz nenhuma palavra, mas os meus olhos dizem tantas… o amor não sobrevive de teorias e tu não sobrevives de emoções. Tu não queres saber, nunca quiseste.
Criei tantas expectativas que até cheguei a ver-nos no futuro, mas criar expectativas é uma porcaria.
Eu pensava que era na saúde, na doença (…) sei lá, só acho que quem ama não desiste, fim.

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