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mal-me-quer bem-me-querendo *

Ferida, amargurada e sozinha, é assim que a menina guerreira foge depois do seu ataque de revolta… concluído com palavras infernais, atos imperdoáveis e com melancolia de si mesma.
A menina guerreira foge só, valente, com receio mas foge com determinação. Ela não quer ver ninguém de que goste, pois esta sabe que desatará a chorar assim que isso acontecer, a menina guerreira quer enfrentar a sua susceptibilidade…. Evitando-a!
Com a cara ensopada das lágrimas salgadas, que tornam o solo e o céu numa mancha colossal, a menina guerreira desiste dos avisos e tenta testar o amor de todos à sua volta, perante si.
Esta, sentida, ofendida e a desfalecer de fome de amor, procura um espaço amplo, verde, espairecido, para chorar e desabafar com a alma.
Com o coração a explodir, as mãos sujas e os olhos nem azuis nem lilases mas negros de tanto choro, a menina guerreira não quer voltar a ver ninguém… sentido que ninguém a quer ver a ela.
A menina guerreira, ou melhor, EU, com dois sacos cheios de coisas minhas, cheios de coisas que foram vencidas por mim, vou procurar e recuperar os meus bem-quereres e tentar, mais uma vez, explicar que não são ciúmes mas são dissemelhanças que eu observo todos os dias e que me fazem sentir uma menina, não guerreira, não valente mas morta.
Sem despedidas, procuro um novo mundo, calculando que este mal me quer bem.